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Mensalidade nas federais



No sábado, 6 de julho, o jornal Folha de São Paulo publicou um artigo intitulado “Governo cogita cobrar de alunos ricos em federais e mudar Fundeb para ajustar contas”. De acordo com a matéria, a equipe econômica voltou sua atenção para medidas de ajuste fiscal, incluindo a possibilidade de instituir mensalidades para estudantes de maior renda em universidades públicas. Essas medidas estão sendo consideradas por uma ala do governo como parte de um conjunto de mais de cem iniciativas que poderiam ser discutidas, visando o equilíbrio das contas públicas e a eliminação do déficit.


A proposta de cobrar mensalidades seria direcionada apenas aos alunos de classes sociais mais privilegiadas entre os 1,3 milhão matriculados nas universidades federais.


Posteriormente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo estivesse planejando essa medida, afirmando que a matéria da Folha carece de fundamento, tanto do ponto de vista econômico, social quanto jurídico.

Pode ser. Talvez seja apenas um teste, lançar uma notícia como quem joga uma isca, para avaliar a reação pública. Aparentemente, houve poucas críticas. Quem fez isso está sondando a opinião popular, um pulso que ainda bate, como diziam os Titãs.


Os apoiadores do governo argumentam que tal medida não faz sentido e que o ex-presidente Lula sempre se mostrou contrário a essa ideia. Porém, há uma distinção entre Lula e as políticas de seu governo.


É interessante lembrar da primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, e sua política neoliberal, que retirou o estado de várias atividades produtivas, defendendo que o estado não deveria gerenciar empresas e, se fosse proprietário, deveria privatizá-las. Neste modelo, o estado deveria focar apenas em saúde, educação e segurança. É o que diziam. Mas hoje, vemos que também esses três setores são total ou parcialmente privatizados. Muitos brasileiros seguem essa abordagem, inclusive dentro do atual governo, inclusive na vice-presidência.


Privatização das universidades federais? O tempo dirá.

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