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O país do futebol já era

Por Paulo Silva





Ontem, a seleção canarinha enfrentou a Colômbia e tropeçou na bola, nas pernas e na grama. 1 a 1, no Brasil antigo, era placar de treino. Mas, agora, quando não perde um jogo, dá-se graças a Pelé e Garrincha, que devem estar nos protegendo no verde céu do futebol.


Há muito o que mudar e evoluir para que a seleção brasileira cogite voltar a ser reflexo do que já foi. Faltam unidade, garra, entrosamento, pés no chão, criatividade. Sobram afetação, egolatria, egoísmo, cabelos na régua e dinheiro no banco.


Sim, a riqueza às vezes atrapalha. Leva ao migué na hora das divididas. Às golas levantadas e ao exagerado narcisismo. Os cabelinhos enfeitados viram prioridade e pairam sobre o que é mais importante: jogar bola redondinha e honrar o manto amarelo.


É triste constatar, mas já não vale a pena ficar acordado para ver o Brasil jogar. Quem viu nosso escrete brilhar jamais esquece, mas não voltará a ver de novo. Já era.


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